Som e cura na mata

Segue abaixo o vídeo da reportagem feita pela TV Minas, registrando o emocionante encontro com a cultura e ancestralidade do Pajé Sapaim, guia espiritual da tribo Kamayurá do Xingu, e a experiência que nos permitiu vivenciar a interação entre a natureza, a espiritualidade e a música.

Mais informações sobre a visita a Sapaim a Juiz de Fora podem ser lidas aqui, no site da UFJF, e a reportagem no site G1.


TEDEM e Paulo Freire

Segue abaixo o trecho do documentário Paulo Freire Contemporâneo, do cineasta Toni Venturi, em que o método TEDEM é apresentado como exemplo de aplicação, na área da Música, da pedagogia freireana.

O documentário completo pode ser assistido aqui.



Andanças e memoranças



Talvez o maior encanto que a música promove seja o fato de, propagando-se pelo espaço, chegar ao outro e tocá-lo, em intensidade e de uma maneira impossível de ser prevista. 

E assim foi o acontecido com o jornalista Marcos Niemeyer, que passava, numa manhã, em frente à Casa da Matriz - a casa onde nasceu e cresceu a família Couto Teixeira, e atualmente recebe os alunos particulares de música, em Juiz de Fora. Dois dedos de boa prosa, como um encontro de velhos amigos que acabam de se conhecer. 

 O relato desse encontro está disponível neste post, no blog do próprio Marcos e cuja felicidade, para além do cuidado e carinho de seu texto, foi a de proporcionar a lembrança do processo de criação do Jardim Botânico de Juiz de Fora: o movimento da sociedade civil em defesa da Mata do Krambeck, confrontando e vencendo os interesses especulatórios e predadores do mercado imobiliário.

Meu primeiro professor de flauta tranversal, Kim Ribeiro, dizia-me que, para aprender a tocar flauta, é preciso aprender a tocar para uma árvore. Penso que lições assim são o que diferenciam um professor de um mestre. Carrego esta lição pela vida inteira, e lição que é lição não apenas se aprende mas também se ensina, ou melhor, se presta a ensinar. Se procuram-se vizinhos de bom gosto musical, ainda não conheci vizinhos melhores que as árvores.



Um abraço!


Doce Cirandas

Lançamento em breve!


O projeto Doce Cirandas, idealizado por Estêvão Teixeira, consiste em arranjos para flautas doce, de sua autoria, de tradicionais cantigas de roda brasileiras. São 12 canções, em arranjos para duas e três flautas, disponibilizadas com as respectivas partituras em formato de CD ou livro.

O livro, intitulado Ciranda Cirandinha, recebeu ilustrações do renomado artista plástico Eliardo França, e será publicado e lançado em breve pela ME Editora.




Alfabetização Musical

O Legado de Paulo Freire e a Aprendizagem da Música



Dados para Referência

TEIXEIRA, E. C.; ROMÃO, J. E. Alfabetização musical: o legado de Paulo Freire e a aprendizagem da música.



Método TEDEM em Portugal


Carta da Presidente do Instituto Paulo Freire de Portugal, Prof.ª Luiza Cortesão, acerca da maravilhosa experiência de difusão do método TEDEM neste país.




Nota Técnica do MEC sobre o Método TEDEM



Este documento foi emitido pelo Ministério da Educação, em ocasião da análise da experiência de implantação do TEDEM no currículo da educação musical na Escola Municipal Áurea Bicalho, em Juiz de Fora. O método é reconhecido por sua relevância, sendo passível da certificação enquanto tecnologia educacional, de acordo com os parâmetros avaliados pelo MEC:


(...) pelo relevante alcance da presente proposta, tanto pela possibilidade de provocar mudanças significativas nas formas de ensinar e aprender, quanto pelo seu potencial de enriquecimento da prática docente, de promoção de atitudes investigativas, de desenvolvimento de novas estratégias pedagógicas e de preservação da cultura musical brasileira.


Em Juiz de Fora, desde 2004 o método é reconhecido como o modelo a ser executado pelas escolas que optarem pela inclusão da educação musical no seu currículo, através da lei nº 10861/2004.

Enquanto reconhecimento deste trabalho, fruto das observações e inquietações cultivadas ao longo dos quase 30 anos de experiência, fatos desta ordem nos contentam, mas não satisfazem de todo: denotam a atuação do governo em um âmbito conceitual, meritório e, porque não dizer, vaidoso. 

Como educadores, reconhecemos que educação não é vaidade - é um direito, garantido constitucionalmente e estaturariamente, que deve ser assegurado em um ambiente sadio, respeitoso, onde todos os participantes do processo sejam considerados, para além dos números, em sua humanidade. Enquanto a Música, bem como a Educação de qualidade, tanto como conteúdo quanto forma, for considerada e tratada como um privilégio, pouco avançaremos em nossas discussões e reflexões acerca de nossa cultura.

Acreditamos que uma comunidade, um povo, uma nação, só pode delinear os caminhos de um progresso desejável quando conhecer-se a si mesma, souber de sua identidade e sua diversidade, sejam elas étnicas, biológicas, materiais e imateriais, residindo aí sua verdadeira riqueza. O verdadeiro desenvolvimento só pode existir quando, como tão bem explica o Prof. Humberto Maturana, somos capazes de promover mudanças de acordo com o que desejamos conservar. E só conservamos aquilo que conhecemos, do qual temos consciência. E no tornar-se consciente, a linguagem ocupa um lugar fundamental, em paralelo com as emoções. E qual outra arte melhor, se não a Música, para fundir em sua estrutura linguagem, emoção e identidade?

Segundo Maturana, conservar é um atributo da biologia do amar, e a vida só acontece, e continua acontecendo, quando existe o amor, desdobrado em atos que permitem ao ser formar-se, conhecer-se, transformar-se e, por síntese, conservar-se enquanto estrutura íntegra e potente.

Esta é a intenção, este é o sonho, e sua força motriz.


Um abraço!